sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Saudades




Decidi não responder ao teu e-mail porque achei que te devia um post. Não sabia que vinhas aqui para saber de mim mas tinha a certeza que desejas estar por perto nos meus momentos menos bons.

Estás sempre, ou melhor, eu sinto-te em todos os momentos da minha vida, bons ou maus (menos bons até que é mais bonito!...) tenho comigo a tua voz e sinto sempre a presença da tua amizade.

Nem sabes como foi importante o teu e-mail. Tu tens aquele dom de me fazer recuperar memórias e momentos felizes, de tal forma que posso refugiar-me neles e proteger-me da dor.

Querida amiga, fala muito de mim à tua filhota quando ela crescer, ensina-lhe que quando sabemos ter razão vamos até ao fim do mundo. Deixa-a ser irreverente e fazer disparates como nós fizemos...Deixa-a ser livre e escolher se quer ver o mundo ou ficar por aqui...

Não sei se fui escolhida, como dizes, mas sei que te escolhi para encheres de sol os meus dias de chuva...Não estou presente mas tu andas sempre comigo...




segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Ausências




Estive ausente. Ainda bem que procuraram por mim, gostei de saber que esperavam para dobrar o meu pára-quedas...


Por vezes precisamos destas ausências, não muito longas, para perceber se o caminho que escolhemos é ou não o mais correcto.


Estive assim, sozinha com os meus momentos...


É preciso fazermos as nossas ausências para que aqueles de quem gostamos sintam a nossa falta mas não as devemos prolongar por muito tempo para que não sintam que podem viver sem nós (não me lembro do autor). Aplica-se à minha ausência. Acho que podem viver sem mim e eu também posso viver sem eles, afinal nascemos e morremos sozinhos.


Verdade que precisamos de atenção e carinho daqueles que nos acompanham pela vida mas só quando é de livre vontade, de coração... Costumo dizer que já apanhei muitos comboios e espero ter apanhado o último, só não sei se o revisor me deixa chegar ao fim da viagem.


Trocamos de comboio para melhorar, para procurar momentos de felicidade que, não sendo constantes, são o melhor da nossa existência, daí a minha busca...


Comprei um livro, leve, com histórias engraçadas sobre o amor. Estamos todos lá retratados, com as qualidades e defeitos. Chama-se "Estes Difícieis Amores" do Júlio Machado Vaz.


Todos os episódios deste livro têm um pouco do nosso egoísmo, da nossa loucura, do nosso ciúme, da nossa estupidez e ignorância mas sobretudo da nossa capacidade de amar. De ter, ou não, esses momentos de felicidade que nos fazem caminhar, às vezes sós, outras com alguém por breves instantes e aquela que mais me agrada, com aqueles que escolhemos para caminhar lado a lado por todo o tempo. Ainda que só nos nossos sonhos, aquele que escolhemos para ser a nossa última viagem!




sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Pára-Quedas




Há pouco tempo recebi um e-mail que reenviei para todos os meus amigos e conhecidos. Um e-mail que pergunta: "Quem dobra o teu pára-quedas todos os dias?"

O e-mail é daqueles que quase todos apagamos sem ler mas, de vez em quando, a mensagem é bonita.

Este post é para todos os que, de uma maneira ou de outra, dobram ou dobraram o meu pára-quedas. Especialmente para os amigos de quem me lembro todos os dias, embora não nos vejamos ou falemos frequentemente.

Aqueles que me acompanham desde ontem, hoje ou ainda não existam, para os que amo e me ajudam a caminhar, umas vezes de mão dada, outras comigo ao colo, á minha frente ou atrás de mim, os de longe e os de perto...

Não preciso de citar os nomes, a todos muito estimo e respeito, vivem em mim, choro e rio com eles, é a condição de ser humana, talvez mais por ser mulher.

No dia de hoje, não por ser um dia qualquer, celebro a afectividade que tenho por todos, cabem no meu abraço, na palma da minha mão...

sábado, 18 de agosto de 2007

Não Me Apetece!


Estou assim como o cão, a precisar de festas...A minha pele está com dificuldade em respirar e tenho um segredo que me apetece gritar ao mundo!


Não posso gritá-lo ao mundo mas cada vez mais tenho vontade de descobri-lo, pôr-me a caminho e nunca mais voltar. Há qualquer coisa que já não cabe aqui, ou em lado nenhum, quem sabe...

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

terça-feira, 24 de julho de 2007

Beija-me...


Beijar cura a alma...Mesmo a dos descrentes no Beijo e no Amor, mesmo naqueles que se esquecem de beijar, de tocar, de partilhar...Beijar, para mim, é mesmo uma das melhores coisas do mundo. Carrega todos os problemas, todas as lágrimas, todas as músicas, cheiros e momentos, todos os amigos e amantes...


Estava agora na altura de me perguntares: "Porque é que escreves Beijo e Amor com letra maiúscula?" (tens sempre uma grande preocupação com as regras, só na escrita). "Porque são muito importantes para mim" e só por isto, não vás tu perguntar-me.


Quero ter anos, muitos, de beijos teus, quentes, molhados, carinhosos, apaixonados, carregados de tudo o que te acompanha pela vida. Não sei se sabes mas os Beijos são partilha...Quando os queremos aceitar e quando os queremos dar...Partilha-os comigo todos os dias, é o suficiente para ser feliz.

Turn your lights down low - Bob Marley

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Bob Marley - Redemption Song

Adorei as minhas férias, será que estou a caminho da redenção? Já sabem que sou pecadora mas esta música purifica-me...

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Praga, Pedras e Príncipes

O meu monumento preferido em Praga, sobretudo com esta luz...Sobretudo de noite, como se fosse o meu castelo, se eu fosse uma Princesa...


À espera, não do meu Príncipe, não sei bem de quê...Mas o Príncipe eu já encontrei!

Parabéns Avó


Sabes Avó dizem, e tu também, que o melhor do mundo são as crianças. Tu sabes que para mim são os velhos, ainda não percebi porque é que velho é, para tanta gente, um termo ofensivo. Sei que nunca te ofendes com isso, sei também que velho é saber muito mais que eu, ter vivido com ou sem angústia tudo o que ainda tenho, ou não, para viver e passar pela aflição de ver os filhos e os netos cometerem os mesmos, ou outros, erros. Ser velho avó é como tu, lindo, leve e cheio de carinho. Não é só no dia dos teus anos que me lembro de ti, lembro-me de ti todos os dias e quem me dera, avó, por um dia, voltar a ser criança para me deitar no teu colo, para sair do banho com uma toalha quentinha nas manhãs de inverno, para me amparares quando me sinto perdida.

Hoje avó estás mais pequenina mas não deixes de me ralhar porque eu ainda preciso, continua a dizer-me "cuidado para não te fazerem mal", conta-me na mesma, as vezes que precisares, aquelas histórias que já repetiste milhões de vezes, eu gosto de ouvir.

Avó, às vezes não estou só cansada como te digo, mas não quero preocupar-te, sobretudo hoje que é o dia dos teus anos.
~
Gosto de ti Avó, muito e gostava que não houvesse por aí tantos velhos sem respeito, sozinhos, tristes, a pensar que velho significa não servir para nada...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Anjos da Guarda



O meu Anjo da Guarda é o mais bonito do mundo. Todos somos Anjos da Guarda uns dos outros, mas o meu...tem um colo do tamanho do mundo, onde posso diluir as minhas angústias, esconder os meus medos, perder-me, fundir-me e renascer.

Quem me conhece sabe quem é, mais importante que tudo, ele sabe que o é, por isso não preciso dizer o nome basta dizer que é indefenido, tem alma, gosta de bichos:-), faz-me rir, protege-me, acalma-me e está estampado nas minhas mãos.

Acredito Kokas que para cada um de nós existe este Anjo da Guarda. Existem muitas espécies de Anjos da Guarda, o meu da amizade és tu, mas existem vários de Amor, este é um deles. Não surge do nada, está escrito, vem de outras vidas e reaparece quando não esperamos. Quem sabe Kokas se ele não vem agora ao teu encontro. Pediste-me para te dizer coisas, digo-te estas, insignificantes, mas que me orientam muitas vezes. Acredita no que não vês porque está lá, sente-se. Aprendi há muito que a maioria das coisas importantes não se vêem...mas estão lá, como eu e tu, como o meu Anjo da Guarda, não o vejo a toda a hora mas sinto a presença dele todo o dia, pertinho de mim...Às vezes sussurra-me ao ouvido, "Não vás por aí", ele sabe que não...Não sei por onde vou mas sei que não vou por aí!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Eu e Os Outros



O João tem razão, mesmo no meio de muita gente quase sempre me senti sozinha. Perdi a conta às pessoas em que já pensei hoje e que, por uma razão ou outra, entraram e saíram da minha vida ou continuam cá mas num estado latente. Os bichos é que nos compreendem. Pergunto-me eu, sendo nós também bichos, porque será tão difícil as tais relações íntimas e menos íntimas de que o João falava?

Não tenho resposta mas sei que podíamos ser mais nós, mais sinceros, mais transparentes, menos forçados e sobretudo menos egoístas.

As saudades que tenho do Porto, do tempo que lá vivi e dos amigos que lá deixei. Para quem me conhece sabe que o saco de viagem nunca está arrumado muito tempo. A minha procura, não sei bem de quê talvez transparência e sinceridade, nunca termina.

Muitas vezes Pedro vou ao Porto só de passagem mas lembro-me sempre de ti, da Inês, da vossa bonita história de vida, do João e da Sónia. Lembro-me sempre de todos, com muito carinho e muitas saudades e de como preencheram e preenchem grandes momentos da minha vida. Eu sou a amiga diferente e estouvada que acredita que os bichos falam conosco e que se consegue ver a alma dos outros.

Não posso falar de todos, não haveria espaço, tenho de falar dos de Lisboa e Setúbal (falta aqui uma imagem do deserto):-) para não ter uma guerra regional, mas todos, mesmo todos cabem na minha mala quando vou de viagem, afinal o que importa é a viagem...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Sonhos


Os sonhos são isso mesmo e não passam disso, sonhos! Os meus estão guardados comigo para não ferir ninguém. É que a maior parte deles estão carregados de outras pessoas. Como eu gostava, nalguns dias, que eles estivessem pintados na palma da minha mão. Se eu a fechasse seriam meus e de mais ninguém. Se eu a fechasse, o meu mundo seria só meu, sem fantasmas que ensombram essa pintura, a aguarela da vida que tenho estampada nas mãos.

Os Bichos