
Os abraços da Cátia, o sorriso da libelinha, o bébé da Rita, a energia do João, a ingenuidade da Maria J., a barriga do Nuno, o cabelo da Elsa, os vestidos da Sónia, o carinho do P.S.
São estas coisas simples que nos ficam, por muitos anos, porque são essas que verdadeiramente importam.
Tenho tantas onde me agarrar, tantas coisas simples guardadas no meu coração.
Lembro-me de muitas delas com muito carinho mas sobretudo lembro-me do beijo do Marco, tímido, na minha cara quando estava a falar para a câmara. Esse beijo disse tudo, disse: "Não te aflijas, nós estamos aqui"
Lembro-me do Bruno, do Tiago e do Paulo ao nosso lado, testemunhando que o meu caminho não se faz só, que o que sou, sou em todo o lado e em tudo o que faço...
Lembro-me do olhar da Carla quando nos despedimos nesse dia, era um olhar sentido, genuíno, de quem diz: "Estás a fazer falta".
Lembro-me de mãos, mãos dentro dos bolsos do meu casaco para tirar os biscoitos do cão. Mãos cúmplices, limpas, solidárias...
Lembro-me do telefonema do Pedro a dizer que o Porto nunca mais foi igual sem a minha presença e que mesmo longe estava ao meu lado.
Da mensagem do António a dizer que tinha explicado aos filhos que tinha muito orgulho em ser meu amigo.
Coisas simples como estas, de todos os dias, fazem-nos avançar, fazem-nos perceber que as coisas podem ser simples todos os dias...